Aqui você pode dialogar e perguntar sobre diferentes situações das áreas de Recursos Humanos, Qualidade e Administração, diretamente com um Professor e Administrador com experiência profissional, que está aqui para ensinar e aprender com você. Seja bem vindo e volte sempre...se possível deixe seu comentário para que eu possa melhorar continuamente este trabalho e não hesites em retornar para ler as respostas que serão sempre postadas as suas perguntas.
Com as facilidades propostas pelo
avanço da internet e das demais tecnologias tem sido cada vez mais comum a
prática do Home Office que nada mais é do que o trabalho prestado por um
profissional em sua própria residência.
A prática do Home Office quando
bem conduzida, pode representar uma vantagem tanto para o trabalhador como para
a empresa que lhe contrata e esta forma de trabalho pode se dar tanto através
de empregados de empresas como por profissionais autônomos ou liberais.
Segundo Art. 6º da CLT, não se
distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o
executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que
estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Isto quer dizer
que havendo a ocorrências dos requisitos que definem o vínculo empregatício na
relação de trabalho, mesmo na modalidade Home Office o profissional será considerado
um empregado da empresa com todos os seus direitos trabalhistas. No parágrafo único deste mesmo artigo consta que os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão, se equiparam para fins de subordinação jurídica, aos meios de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Então se entende que o poder de comando da empresa sobre a atividade do trabalhador, pode se dar tanto através de visitas periódicas dos representantes da empresa ao local de trabalho, da exigência da emissão de relatórios do trabalhador, por metas de produtividade impostas, entre outras, como também através de controles através de telefonemas, acessos remotos pela internet, skype, softwares de conexão corporativa virtual através da internet, etc.
Nestes casos não podem acontecer na
relação de trabalho o que define o Art. 3º da CLT que diz que considera-se
empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Assim se a opção da
empresa for contratar apenas profissionais autônomos ou liberais deve-se evitar
que ocorra subordinação destes profissionais para com a empresa, bem como, a
pessoalidade destes para com ela, ou seja, os serviços não podem ser prestados
por uma única pessoa.
Uma vez, ocorrendo mesmo na modalidade de Home Office tudo o que define no Art. 3º da CLT como requisitos caracterizadores da ocorrência do vínculo empregatício entre as partes, ou seja, a pessoalidade (pessoa definida), habitualidade (não eventualidade), subordinação (recebimento de ordens) e onerosidade (pagamento de valores), o trabalhador é considerado legalmente empregado da empresa.
A Reforma Trabalhista tratou a modalidade de Home Office com o título de Teletrabalho na CLT em seus Art. 75 A e E, e definiu que a presença do trabalhador em regime de teletrabalho seja definida em contrato de trabalho específico, e que o comparecimento do trabalhador à sede da empresa empregadora para a realização de atividades especiais não descaracterizam o Teletrabalho. Entende-se por tais atividades reuniões periódicas, treinamentos, entre outras que seja exigida a presença do trabalhador no ambiente de trabalho para o melhor andamento do Teletrabalho.
Foi ainda adicionado no Art. 62 da CLT pela Reforma Trabalhista, o inciso III, que define que o trabalhador em regime de teletrabalho não é abrangido pela duração do trabalho, ou seja, não possui controles de horários e marcações de ponto, e, portanto, não faz jus a horas extras, horas noturnas, ou mesmo pode sofrer o desconto de atrasos, e não se exige ainda controle de intervalos.
Quando o Home Office ocorrer na
forma de prestação de serviços por profissionais sem a ocorrência do vínculo
empregatício com a empresa contratante, estes não possuem subordinação com ela
e tem liberdade de horários, além normalmente múltiplos clientes. O Home Office
é muito comum não só com profissionais liberais como arquitetos, engenheiros,
publicitários, advogados, como também com outros tipos de trabalhadores como corretores
de seguros, técnicos em informática, técnicos em eletrônica, costureiras,
televendedores, etc.
Também o Home Office já se faz
presente entre os professores que como eu também atuam também na Educação a Distância
como tutores, pois, a EAD com suas tecnologias nos permitem contatos com alunos
em diferentes espaços irrestritos ao da universidade. No entanto, no meu caso, mesma com as universidades nas quais presto aulas a distância, existe uma integração minha com elas, participando de reuniões e capacitações periódicas, tendo o convívio com os coordenadores e demais colegas, enfim, o Home Office quando realizado por empregados, deve permitir esta interação com empresa contratante e jamais um isolamento absoluto.
Pode-se entender que o Home Office se classifica sob duas formas de prestação dos serviços, a primeira delas é o Trabalho a Domicílio em que o trabalho é realizado exclusivamente no ambiente doméstico da residência do trabalhador e a segunda delas é através do Teletrabalho onde a prestação dos serviços pode se dar de qualquer lugar externo da empresa, seja na própria residência do trabalhador, seja em qualquer local onde exista acesso a recursos de comunicação como telefone ou internet. Em ambos os casos, estando presentes os requisitos legais da caracterização do vínculo empregatício, o trabalhador será considerado empregada da empresa que lhe contrata.
Imagem www.deflitched.com
Em termos físicos o Home Office é
um espaço situado na forma de escritório dentro da própria casa do trabalhador
ou no quintal desta, que permite que ele faça adequadamente o seu trabalho,
sendo um espaço reservado, com computador com conexão à internet e mobiliário
básico para as atividades de escritório, enfim, é uma espécie de escritório em
casa. Este espaço permite tanto a concentração do profissional para o trabalhado
sem interrupções desnecessárias, como permite que ele respeite a sua família não
tornando a casa inteira um ambiente de trabalho. Aconselho se possível haver uma linha
telefônica exclusiva par ao Home Office, evitando a mistura do atendimento
telefônico a clientes, com atendimentos telefônicos pessoais.
Como vantagens o Home Office
oferece para os profissionais um horário flexível, a fuga do trânsito, a
economia com aluguéis de salas e com os custos de deslocamento, almoços diários
em família, melhores opções de vestes que ainda assim devem ser profissionais, etc.
Já para a empresa, reduz seus custos fixos e de espaços.
Contudo, para atuar nesta
modalidade, exige-se do profissional muita disciplina com um horário adequado
para se trabalhar evitando-se reduções ou aumentos desnecessários dos mesmos,
assim, como o respeito das famílias e eventuais visitantes a partir de conscientização,
para que entendam que o profissional mesmo em casa, está trabalhando e logo precisando
de concentração e dedicação. O profissional ao mesmo tempo deve ter a
capacidade de equilibrar o seu tempo de trabalho dosando o seu tempo de
descanso, alimentação, lazer e pessoal, com a necessidade de tempo para atender
os clientes, ou mesmo com o da empresa na qual seja empregado.
Há cuidados a serem tomados em
relação ao cliente, pois, no Brasil culturalmente isto pode ser visto como
falta infraestrutura, ao passo que na Europa e nos Estados Unidos, isto já é
culturalmente aceito, portanto, é importante negociar com seus clientes e saber
vender muito bem esta idéia, além é claro de respeitar os horários deles, pois,
a flexibilidade de horários do Home Office não pode ir contra ao foco no
cliente, ou seja, ao planejar seus horários, os horários dos clientes precisam
ser considerados.
Eventuais reuniões com clientes
devem ser preferencialmente agendadas nas sedes deles, em cafeterias, ou mesmo
skype de modo online.
Enfim, o profissional deve
procurar manter o seu ambiente e a sua rotina de Home Office o mais
profissional possível e de modo menos distante da realidade de uma empresa,
isto reduz, por exemplo, o risco que ele não tenha a produtividade necessária
se confundir os espaços e o tempo do trabalho os de casa. Ao mesmo tempo, o
profissional deve procurar evitar a tentação do excesso de trabalho. Outras denominações como anywhere home, que significam o trabalho de qualquer la e work from home, que significa trabalho a partir do lar, também são termos ligados aos conceitos modernos de home office.
Nobre leitor, você inicialmente
pode achar que este tema seja desinteressante ou aplicável apenas aos
profissionais de empresas,porém, posso
lhe garantir desde agora já no começo da leitura que independente da condição
que você ocupa: Profissional de RH, Trabalhador, Empresário, Estudante ou jovem
leitor, tenho a plena convicção de que você poderá enriquecer os seus
conhecimentos com esta leitura e me darás razão ao findar a leitura da mesma.
Para aqueles que já dominam o
tema, no avançar do texto, tenho certeza que de que ao menos aprofundarão o
conhecimento, inclusive, por que discutiremos que as gerações não se dividem
apenas por idades com alguns defendem, mas por outros fatores que serão
explicados adiante e que não podem ser uniformizados. Quanto aos demais
leitores, este texto poderá ajudar a entender os comportamentos entre as
pessoas das diferentes gerações, principalmente, no mercado de trabalho, seja
na condição de empregados, os chamados colaboradores nas empresas, seja na
condição de chefes.
Nestes últimos anos muito se fala
sobre a divisão das pessoas a partir de categorias separadas por gerações que
buscam separar e uniformizar as tendências de comportamentos das pessoas de
acordo com cada grupo de gerações segundo os anos de nascimentos de cada grupos
delas.
Aos profissionais de RH, cabe
estarem atentos a estes estudos que são muito úteis para o desenvolvimento das
estratégias de recursos humanos em prol do bom convívio e da produtividade
empresarial entre as diferentes gerações.
Porém, é de suma importância que
os profissionais de RH entendam que tais gerações e seus respectivos
comportamentos são apenas tendências, não se podendo em hipótese alguma
uniformizar um pensamento de que as literaturas sobre o tema apontam realidades
sólidas e indiscutíveis sobre comportamentos humanos em cada geração.
É temerário agir-se
genéricamente, crendo que alguém simplesmente por se enquadrar em uma
determinada geração, terá um comportamento idêntico aos demais membros da mesma,
quando na realidade o máximo que se pode ter como provável, e, portanto, nem
mesmo certo, é de que o comportamento deste no máximo se assemelhará a maioria
dos pertencentes à uma certa geração.
As próprias literaturas sobre as
gerações não apresentam consensos em todos os seus estudos, principalmente no
que se referem às datas que dividem cada geração por anos de nascimentos.
Recentemente presenciei a defesa
por uma colega de curso da sua dissertação de mestrado em educação no qual
também sou aluno, onde chamou-me muito a atenção além do tema e da boa
apresentação dela, na qual, inclusive, foi aprovada pela banca de professores
de avaliação, a apresentação sobre a posição dos autores Oliveira, Piccinini e
Bitencourt (2011).
Estes autores endossam um pensamento
que eu já defendia e que fecha com a idéia defendida nesta postagem, segundo os
mesmos autores o marco cronológico, ou seja, os grupos de datas de nascimentos
das gerações em separado, consiste em um simples ponto referencial, não podendo
ser utilizado como delimitador das formas de agir de um grupo etário, ou seja,
pode até apontar algumas tendências comportamentais, mas jamais a uniformização
de tais comportamentos.
Os autores ainda definem que “Considerar que
todos os jovens que nasceram em determinado período pertencem a um único grupo
como tem sido caracterizada a Geração Y é esquecer as diferenças regionais e
desigualdades sociais da juventude brasileira”.
Aprofundando-me ainda mais no
pensamento dos autores que endossam a minha opinião, em pesquisa realizada li a
obra realizada pelas autoras Cíntia Medeiros e Regina Ogusku em um seminário,
que consta postado no endereço eletrônico na internet,http://www.ead.fea.usp.br/semead/15semead/resultado/trabalhosPDF/55.pdf.
Neste trabalho realizado pelas
duas pesquisadoras constato novamente que os próprios autores citados ainda alertam
sobre o equívoco causado pelo fato do conceito de geração Y ter sido juntado aos
estudos no Brasil sem levar em consideração a contextualização das
características dessa geração no país, pois, a realidade de cada nação é
diferente.
Segundo os autores citados
existem estudos que apontam
para a existência de diferenças entre as juventudes, principalmente em relação à
qualificação, oportunidades e dificuldades na inserção no mercado de trabalho.
Os autores defendem, ainda, a idéia de que “Alguns poderiam se enquadrar neste
perfil [da geração Y], mas trata-se de uma minoria frente à grande maioria de
jovens que, apesar da existência de redes sociais, internet, enfim tecnologias
que deveriam aproximá-los deste modelo, por vezes reforçam a distância que se
pretende eliminar”.
Após estas leituras de pesquisas
e de pareceres de autores estudiosos no assunto sobre a geração Y no Brasil,
entendo, que agora que o meu ponto de vista esteja fundamentado em pilares de pesquisas,
o que me faz crer agora com ainda mais profunda segurança que tal ponto de
vista, realmente se trata de minha posição fundamentada e não uma idéia sobre o
assunto.
Ou seja, minha posição é de que
universalizar o conceito das gerações, inclusive, da geração Y, se trata de um
verdadeiro erro, pois, desconsidera as diferenças regionais, sociais e
culturais de cada país, não se podendo, portanto, uniformizar os comportamentos
de cada geração.
No entanto, entendo que devemos
tratar os estudos das gerações como tendências sem universalização, ou seja,
sem uma uniformização rígida, e sob este olhar definirmos estratégias de
recursos humanos consistentes para o bom convívio entre as mesmas. Jamais fui
contra os conceitos das gerações, mas tão somente à uniformização rígida na
interpretação do deles em termos de comportamentos, pois, é indiscutível que muitos dos estudos por estes
conceitos trazidos tem aplicação prática.
Fechada a fundamentação da minha
posição sobre o conceito das gerações, vamos agora abordar o tema a partir de
estudos que vem sendo realizados. Para se entender de como trabalhar com o
conceito das gerações nas estratégias de RH, além da questão de tratá-las como
tendências e não como uniformizações, precisamos nos ater a entender a
diferença existente entre elas.
Segundo os estudos as gerações
podem ser divididas em grupos separados por períodos de nascimentos dos
ocupantes de cada geração.
Não existe um consenso universal
na literatura que padronize os anos de divisão de cada uma das gerações, mas
sim de que não haja uma grande distância entre eles. Para isto, estarei usando
a abaixo a divisão proposta pela Ateliê Pesquisa Organizacional retirada de um
texto que li quando participei de meu MBA em gestão de pessoas.
No entanto adaptei em parte da
pesquisa a minha linguagem incluindo nela a geração Z, que vem mais
recentemente sendo conceituada e pesquisada.
Nascidos
nos Anos
Chamados
de Geração:
Principais
Comportamentos em uma Empresa
Até 1945
Tradicionais
Gerações que passaram pela 2ª Guerra Mundial,
sobreviveram e ajudaram a reconstruir o mundo. São práticos, dedicados,
gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo nas mesmas empresas e sacrificam-se
para atingir seus objetivos.
1946 a 1963
Baby Boomers
São os filhos do pós-2ª Guerra Mundial que
lutaram pela paz, não passaram pelo mundo destruído como a geração
anterior,e, mais otimistas puderam pensar
em valores pessoais e boa educação para os seus filhos. Tem relações de amor
e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os
outros.
1964 a 1979
Geração X
Vivenciaram uma maior qualidade de vida e de
liberdade no trabalho e nas relações. Podem usar das tecnologias de
comunicação para tentar equilibrar a vida pessoal e o trabalho. Mas como
enfrentaram crises do desemprego, também se tornaram céticos e
super-protetores.
1980 a 1994
Geração Y ou Geração Millennials (Geração do Milênio)
Num mundo relativamente estável cresceram em uma
década de valorização intensa da infância, com internet, computador e
educação mais moderna que as gerações anteriores. Ganharam auto-estima e não
se sujeitam a atividades que não lhe fazem sentido em longo prazo. Sabem
trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de
turma. Se adaptaram bem a chegada das tecnologias.
A partir de 1995
Geração Z (não faz parte da pesquisa, inclui por
outros autores)
É uma geração que cresceu juntamente com as
tecnologias sendo cada vez mais digital, é extremamente familiarizada com as
tecnologias. É adepta ao acesso constante e intenso à internet não só através
der computadores convencionais, como também, por tablets, telefones celulares
convencionais, ipods, ao manuseio de arquivos MP3, vídeo games de última
geração. Participam super ativamente de redes sociais como facebook, myspace
e twitter. Tendem a ter um pensamento excessivamente rápido e objetivo e ter
capacidade para fazerem várias atividades ao mesmo tempo.
A pesquisa citada aponta um
cenário mundial que tenta universalizar os comportamentos humanos conforme cada
uma das gerações, o que discordo, no entanto, usando estas como apenas tendências
comportamentais podemos assim usar a mesma na prática profissional.
Um cenário ideal seria no mínimo
adaptarmos a pesquisa ao cenário brasileiro, e até quem sabe ao cenário de cada
estado ou mesmo de cidades do Brasil, mas ainda existem muitas carências de
estudos neste sentido, e assim, devemos nos basear pelas características
mundiais até que futuramente evoluam as pesquisas mais regionalizadas.
Um erro grave de interpretação
das gerações que tenho presenciado com grande constância, inclusive, por parte
de alguns profissionais de RH, é de se caracterizar as gerações de acordo com a
idade de cada pessoa, trata-se de um erro grotesco, pois, as gerações não
mudam, são inflexíveis dentro de cada grupo.O fato de você fazer aniversário nunca lhe tirará da geração a que você
pertence, pois, os grupos de geração são classificados por anos e não por
idades.
Assim, uma geração nunca retorna
para traz e nem avança para frente por idade, mas sim, se mantém sempre eternamente
dentro de um mesmo grupo, o que realmente ocorre é que surjam futuramente
outros grupos, como é o caso do grupo da geração Z que surgiu mais recentemente
e que acrescentei no trabalho da pesquisa.
Definir as gerações por idades
nos levaria ao absurdo de achar que alguém da geração X ao ficar mais idoso, um
dia simplesmente se enquadraria na geração tradicional, algo incoerente, pois,
jamais ele teria vivenciado os fatos daquela época como a 2ª Guerra Mundial por
exemplo.
Enfim, o que define a
característica de uma geração não é a idade que, inclusive, muda anualmente com
o aniversário das pessoas, mas sim o ano de nascimento e por conseqüência os
acontecimentos sociais, políticos, econômicos e mundiais daquela época.
A seguir segue um quadro
comparativo que eu mesmo montei sobre algumas das maiores tendências
comportamentais humanas que diferenciam os profissionais que pertencem ao grupo
da geração X e Y (também conhecida como Geração Millennials), segundo leituras por mim realizadas.
Principais
Diferenças entre algumas das maiores Tendências comportamentais das Gerações X e Y nas
relações de trabalho
Geração
X
Geração
Y ou Millennials
Valorizam o trabalho duro muitas vezes abrindo
mão da qualidade de vida.
Valorizam o trabalho adequado que permita
compatibilizar o mesmo com a qualidade de vida.
Valorizam a segurança no emprego.
Aceitam novas oportunidades profissionais, mesmo
que nem sempre seguras.
Fidelizam a empresa querendo ficar numa única por
muitos anos.
Fedelizam a empresa enquanto esta estiver de
acordo com as suas expectativas e não hesitam em fazerem trocas independente
do tempo quando isto não ocorre.
Aceitam moderadamente a inovação.
Buscam rapidamente a inovação.
Tem paciência para lidar com ritmos lentos de
trabalho e de tomadas de decisões.
São impacientes para lidar com ritmos lentos de
trabalho e de tomadas de decisões.
Aceitam mais moderadamente o trabalho em equipe.
Aceitam mais rapidamente otrabalho em equipe.
São moderadamente competitivos.
São bastante competitivos.
Aceitam um ritmo moderado para ascensão
profissional.
Aceitam apenas um ritmo rápido para ascensão
profissional.
São muito meticulosos.
São muito versáteis.
Tendem a ser mais conservadores usando as
experiências do passado para gerar maior segurança.
Tendem a ser mais agressivos preferindo
substituir as experiências do passado por desafios mesmo que os ponham em
situações que reduzam a segurança.
Aceitam hierarquias rígidas.
Aceitam apenas hierarquias flexíveis.
Aceitam a criatividade moderada.
Buscam plena criatividade.
Conhecem a Tecnologia conforme as suas necessidades.
Conhecem as tecnologias acima das suas
necessidades.
São moderadamente comunicativos.
São excessivamente comunicativos.
São realistas quanto ao tempo e quanto a realidade
cada situação.
São imediatistas e excessivamente autoconfiantes.
São menos ambiciosos.
São mais ambiciosos.
Comunicam-se mais pessoalmente ou por telefone.
Comunicam-se mais por e-mails e por comunicadores
instantâneos.
São menos objetivos e indiretos na comunicação e
usam palavras completas.
São mais objetivos e diretos nas comunicações e
usam palavras abreviadas.
São menos questionadores.
São muito questionadores.
Tem desejo moderado de subirem na carreira.
Tem desejo agressivo de subirem na carreira.
Assim cabe aos profissionais de
RH entenderem bem a todas estas tendências e criarem estratégias de recursos
humanos consistentes para o bom convívio e a real produtividade nas relações de
trabalho entre as diferentes gerações dentro de uma empresa.
Segundo alguns destes estudos
feitos nas empresas dos Estados Unidos pela CIO(EUA), a geração Y tende a agir
como se salários altos, promoções rápidas e horários de trabalhos flexíveis não
fossem um benefício das empresas, mas sim um direito desta geração.
Esta geração tende a se envolver
em conflitos com as demais gerações anteriores, principalmente, pelas
diferenças do estilo de comunicação, pois, são mais objetivos e diretos nas
suas palavras, sendo muitas vezes vistos como grosseiros.
As diferenças de expectativas com
relação às gerações anteriores, também é um ponto de discórdia, pois, a geração
Y é mais questionadora de seus direitos, sendo muitas vezes vista como
insubordinada, e tem uma impaciência maior com a lentidão, reivindicando ações
mais rápidas nas estratégias das empresas, principalmente no que se refere à
tomada de decisão e a gestão de carreiras.
Outro fator importante, é que os
trabalhadores pertencentes à geração Y facilmente pedem demissão de uma
empresa, caso não vejam nela a possibilidade de alcance de suas expectativas,
não hesitando em abrir mão dos direitos trabalhistas de uma demissão normal.
Este fator aumenta a rotatividade empresarial.
Esse conflito entre geração Y
para com as demais gerações anteriores se não prevenido, e se sequer
administrado, com certeza leva as empresas a consideráveis perdas de
produtividade e a um mau clima organizacional.
Com o avanço das relações de
trabalho, a maioria das empresas vem precisando contar com colaboradores
oriundos de diferentes gerações, não sendo possível contar com apenas
colaboradores de uma única geração em seu quadro funcional, o que mesmo que
ocorresse não significaria um avanço de produtividade pela suposta redução de
conflitos, mas sim, numa pobreza de idéias e experiências resultantes de um
time sem a diversificação da composição por profissionais de diferentes
gerações.
Então como criar estratégias de
RH que permitam um bom convívio entre as diferentes gerações e que possam
colher os resultados positivos da soma delas? É uma questão que embora de
complexa aplicação, é perfeitamente possível num RH estratégico.
Vamos a elas, que caberão ao
profissional de RH liderar e promover:
- Realizar periodicamente
capacitações sobre as gerações e as suas diferenças, envolvendo times de
empregados de cada uma delas, isto fará com que a maioria se conscientize e
aprenda a lidar com a diferença de cada um;
- Trabalhar cada geração a partir
das constantes capacitações sobre a melhor forma de lidar com cada geração
diferente, abrangendo, entre outros assuntos, principalmente o estilo de
comunicação e de expectativas;
- Utilizar nas capacitações
diferentes metodologias de treinamento e de desenvolvimento de pessoas,
misturando aulas expositivas dialogadas mais aceitas pelas gerações anteriores
à geração Y, como também o TEAL, treinamento experiencial ao ar livre e o EAD –
ensino à distância mais aceitos pela geração Y, assim como dinâmicas de grupos
que já vem sendo aceitas por ambas gerações.Procurar sempre que possível realizar turmas mistas de cada geração para
favorecer a integração entre elas e criar maiores laços afetivos;
- Implantar na empresa um plano
de benefícios flexíveis que permita que cada empregado faça algumas escolhas
dos benefícios que lhe interessa, pois, ao passo que um seguro de vida tenda a
ser menos importante para um empregado da geração Y, para os empregados das
demais gerações anteriores tende a ter uma maior importância pela segurança que
traz;
- Desenvolver na empresa um
programa de gestão por competências, assim, a velocidade do alcance das
competências para futuras promoções dependerá da rapidez e interesse de cada um
e de cada geração, pois, na gestão por competências o empregado também imprime
a velocidade que quer a sua carreira a partir da participação em capacitações e
no ensino formal. Assim os empregados podem não só ascenderem
profissionalmente, quanto salarialmente de acordo com o alcance de suas
competências;
- Implementar na empresa uma
política que favoreça o horário flexível, desde que o empregado atinja a
produtividade imposta pela empresa, isto, pode ser dar, inclusive, de forma
legal por meio da adoção do sistema de banco de horas acordados com o sindicato
profissional;
- Criar uma política de
comunicação corporativa que misture o uso de diferentes canais de comunicação
pelo uso de e-mails, comunicadores instantâneos como o skype, por exemplo,
intranet e site, preferidos pela Geração Y, com folders, murais e jornais
informativos como preferem as demais gerações anteriores;
- Nas áreas em que for possível
permita o trabalho remoto, por exemplo, à domicílio por conexão à internet;
- Inovar constantemente as
tecnologias da empresa, mantendo softwares
atualizados, microcomputadores e impressoras avançadas e em paralelo a isto realizar
programas de capacitação para uso destas tecnologias pelos empregados,
principalmente os das gerações anteriores à geração Y e Z;
- Fazer com que o diálogo seja a
primeira regra dentro da empresa para administrar um conflito e sempre tentar
prevenir conflitos, assim como evitar a sua repetição solucionando a raiz dos
problemas;
- Favorecer um ambiente de
trabalho que permita desafios profissionais e chances de ascensão profissional,
criando-se um plano de carreira na empresa;
- Realizar intensa capacitação e
desenvolvimento das lideranças sobre como lidarem os membros da geração Y e Z;
- Criar um plano de idéias que
reconheça, premie e implante as idéias viáveis que reduzam custos, desperdícios
e que aumentem a produtividade e as vendas;
- Elaborar programas de retenção
de talentos com estratégias de endomarketing, gestão do clima organizacional e
de planejamento e monitoramento constante das políticas de remuneração e de
benefícios, mantendo no mínimo a compatibilidade com o mercado;
- Se possível eliminar as paredes
dos escritórios deixando o ambiente mais amplo, igualitário e favorável ao
diálogo, incluindo, na mesma sala tanto chefias, como subordinados e
estagiários;
- Deixar a hierarquia mais
flexível e dentro de uma política de portas abertas ao diálogo igualitário;
- Atualizar-se constantemente
sobre as novas tendências comportamentais das gerações, e ver estas sempre como
apenas tendências e não como uma regra absoluta onde todos os comportamentos
dos ocupantes delas fossem universalmente iguais.
Entendo que com estas dicas e num
espírito de RH estratégico seja perfeitamente viável estabelecer condições que
favoreçam uma boa convivência entre as diferentes gerações, com redução de
conflitos e com um notável aumento da produtividade, assim como uma redução
rotatividade pessoal, especialmente, dos profissionais pertencentes à geração
Y.
Além disto, os profissionais de
RH já devem começar de imediato a se preocuparem com a recente chegada de mais
uma geração ao mercado de trabalho, a geração Z que já nasceu e cresceu com os
avanços da tecnologia e com o contato direto com ela e com a internet.
Esta uma geração marcada pela inserção
digital, pois, ao oposto geração Y que aprendeu a conviver bem com a
tecnologia, estes já nasceram convivendo com ela.
Aos pertencentes das gerações anteriores às gerações Y e Z, cabe aprenderem a conviver com ela, inclusive, não só aceitá-las, como também aprofundar cada vez mais os seus conhecimentos, principalmente, tecnológicos evitando de ser tratado com um dinossauro (antigo) no mercado, nos conhecimentos tecnológicos e no convívio com as diferentes pessoas.
O
ensino ou educação a distância,
popularmente conhecido pela sigla EAD,
ou pela palavra de origem inglesa e-learning,
que significa aprendizado a distância, vem se destacando e ocupando com alta
velocidade espaços notáveis, tanto no segmento econômico da educação formal
(cursos superiores, cursos de pós-graduação e cursos técnicos), como também na
educação corporativa (capacitações realizadas pelas empresas) e pelo ensino
livre (cursos de qualificação ou de aperfeiçoamento).
Apesar
deste avanço altamente significativo e com notado aumento do seu reconhecimento
frente ao mercado e aos profissionais, o EAD não é algo totalmente novo na
educação.
Na
realidade o EAD já existe desde os
tempos que o ensino se dava porcorrespondência, eram os chamados cursos por correspondências muito
presentes no passado, assim como alguns outros que já existiam pela televisão ou rádio. O EAD como modalidade
de ensino, muito embora em certos casos adequado e realizado já com qualidade em
épocas passadas, sofria um alto índice de preconceito por conta da grande
distância de formação que existia e por alguns maus cursos ofertados.
Muito
embora a distância física ainda exista, com o avanço da internet e de outras
tecnologias o EAD tem superado e reduzido muito tais preconceitos, estando hoje bem
mais próximo do aluno e proporcionando um aprendizado com os mesmos moldes de qualidade e reconhecimento de um
curso presencial convencional.
Na
educação corporativa o EAD, que no
ambiente empresarial é mais chamado de e-learning
se faz presente como uma das
metodologias de capacitação e desenvolvimento de pessoas pela área de RH,
seguindo os mesmos princípios da
educação à distância presente nos cursos de universidades e escolas, sendo
muito usado também em programas de
auto-instrução, principalmente das empresas que possuam universidades corporativas. No mercado
o e-learning para auto-instrução se faz ainda bastante
presente em cursos de inglês e em programas preparatórios para
concursos públicos e vem obtendo boa
aceitação e resultados, principalmente com vídeoaulas.
Imagem elearning2006.no.sapo.pt
A
internet é fundamental para a
viabilidade da educação a distância e suas interações entre o aluno e o tutor.
Uma
tecnologia para o EAD muito
importante é a vídeoconferência que
é uma ferramenta de EAD que se
caracteriza pela comunicação em tempo real entre diferentes grupos ou pessoas
situadas em diferentes locais geográficos permitindo discussões e até reuniões ao vivo.
No
ensino à distância a vídeoconferência
é normalmente usada para o ensino
presencial conectado com aulas ao vivo e com interatividade entre o tutor e os
alunos de modo on-line, numa espécie de teleaula dialógica, onde,
inclusive, as perguntas e respectivas
podem se dar à distância em tempo real semelhante a uma sala de aula
presencial. A videoconferência tem ainda como vantagem a possibilidade de ser gravada para fazer parte de um
acervo para consultas ou pesquisas bibliográficas futuras.
Uma
das principais e mais essenciais ferramentas
na modalidade EAD são os Ambientes
Virtuais de Aprendizagem, os chamados AVAs,
também conhecidos como Comunidades
Virtuais de Aprendizagem, as CVAs,
que hoje permitem uma proximidade cada vez maior entre o aluno e o tutor, que é um instrutor ou professor
on-line. O AVA é um espaço onde as
aulas virtuais são desenvolvidas e que permite uma interação on-line entre o aluno e o tutor através da internet,
assim, como permite a postagem de
exercícios, textos e a posterior devolução pelo aluno dos exercícios, assim a correção
pelo respectivo tutor. No mercado o principal
AVA que tem se destacado para a modalidade EAD é a plataforma conhecida
como Moodle.
Normalmente
os AVAs ficam disponíveis na internet a
partir dos sites de cada empresa
que os aderem ou de universidades que
os usam na educação à distância, a partir do acesso com login e senha.
Dentro
do Ambiente Virtual de Aprendizagem,
o AVA, são realizadas atividades síncronas e assíncronas. A diferença é que nas
atividades síncronas a comunicação
ocorre em tempo real, por meio de um chat
ou web conferência, entre o tutor e os alunos, enquanto nas atividades assíncronas a comunicação entre
o tutor e os alunos ocorrem em tempos diferentes. Nas atividades assíncronas o aluno realiza tarefas variadas conforme
definido no plano de curso e com base nos materiais e leituras disponibilizados
dentro do AVA (textos, gráficos, slides, imagens, vídeos, etc), e atividades como
tarefas, questionários, wikis e fóruns
de discussão coletiva entre os alunos e tutor.
Existe
ainda o correio eletrônico que
permite a comunicação assíncrona através do envio e recebimento de mensagens, podendo ainda anexar arquivos, sendo bastante similar ao popular e-mail, porém, situado num canal de mensagens dentro do
AVA e restrito apenas para os seus participantes.
Outra
ferramenta de grande importância e de alta inovação é chamada web conferência, que permite uma interação em tempo real entre os alunos e o
tutor com recursos de áudio, imagem,
vídeos e troca de mensagens escritas na forma de bate-papo e arquivos,
além de uma infinidade de outros
recursos. A principal ferramenta que vem se destacando nesta metodologia é
o Adobe Connect que pode estar
conectada ou não em um AVA.
O
EAD como modalidade de educação permite
uma série de vantagens como:
-
Otimização de recursos, por evitar
custos de deslocamento e de instalações, além de aproveitar o uso
das tecnologias;
-
Flexibiliza o tempo, tanto do aluno
como do tutor;
-
Favorece uma maior autonomia e
iniciativa do aluno, além de um maior senso
de disciplina deste.
Na
educação a distância é fundamental
ainda para o sucesso desta modalidade de ensino, além da internet e da tecnologia, a alta capacitação dos tutores e professores, tanto didaticamente e técnicamente, quanto também tecnológicamente.
Somado
a isto devem ser observados ainda
para a eficácia do ensino, a permanente
interação entre o tutor e os alunos, envolvendo feedbacks precisos e constantes, além de conteúdos objetivamente construídos e numa linguagem clara e envolvente.
Existe
ainda um modelo misto entre o ensino
presencial convencional e o ensino à distância, é o chamado ensino semipresencial.
É importante salientarmos que alguns autores entendem que haja uma diferença entre o ensino a distância e a educação a distância, ao passo, que uma boa parte dos outros tratam ambos como sinônimos.
Ambos são igualmente importantes e tratados pela sigla EAD, porém, para os autores que entendem haver uma diferença a educação a distância é uma modalidade da educação formal, sendo, portanto, mais complexa, e, inclusive, regulamentada por Lei. Já o ensino a distância seria menos complexo e de regulamentação livre. Para os que defendem os sinônimos haveria um único conceito.
Hoje
a educação a distância está tão avançada
e confiável, que já existem cursos
superiores e de pós-graduação realizados totalmente à distância, tendo apenas suas provas de avaliação realizadas presenciais no chamados Polos, reconhecidos pelo MEC e que possuem qualidade idêntica à dos cursos
presenciais convencionais, sendo realizados, inclusive, por universidades
renomadas.
Na
minha experiência como Professor Tutor na educação a distância dos cursos
superiores de graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
tenho presenciado esta modalidade de ensino e de aprendizado na prática e usado
de avançadas tecnologias e ferramentas de ensino que constato colocarem a
educação a distância no mesmo patamar de qualidade, eficiência e eficácia da
educação presencial convencional.
Um
exemplo de sucesso na EAD que posso citar são os cursos superiores de graduação a distância
disponibilizados pela UNISINOS, o que tem feito a universidade ser uma
referência também na modalidade de educação à distância no Brasil e exterior,
além de manter o seu alto patamar já presente na educação superior na graduação
presencial.
Embora o
tema educação e universidade corporativa já esteja em divulgação no
Brasil desde a década de 90, com certa freqüência ainda percebe-se em boa parte
dos empresários, e, inclusive, em alguns profissionais de RH uma falta de
conscientização quanto à mesma e em certos casos até mesmo de compreensão mais
crítica.
Educação
corporativa é a busca
por um novo conceito da visão de treinamento e desenvolvimento voltados a umespírito
e a ação inovadora a partir de um processo onde a educação seja
vista como estratégica pela organização e que seja integrada em
todos os patamares organizacionais.
A universidade corporativa, conhecida sob a
sigla UC, é uma instituição de ensino voltada aos próprios colaboradores
de uma empresa atendendo as necessidades do negócio dela, normalmente, centrada
em empresas com grande estrutura, no entanto, a educação corporativaindepende
de haver ou não um prédio. Isto se supre a partir da elaboração de
políticas de análise e concessão de bolsas de estudos aos colaboradores para
instituições reconhecidas pelo MEC, bolsas para cursos livres e de idiomas,
eventos em hotéis, etc, desde que todos tenham alguma serventia ao
desenvolvimento de competências profissionais usadas na empresa.
A
educação corporativa
tem um foco proativo
às necessidades futuras da empresa, existe uma coesão de todas as políticas de educação
da empresa, com alcance
estratégico para a melhoria do negócio tendo o envolvimento de todos
como educandos dos eventos, inclusive, os próprios empresários.
Nela
o papel do instrutor,
é mais amplo,
precisa ele dominar bem
as tecnologias,
inclusive, da EAD-
educação à distância, pois, em se tratando e de educação
corporativa o conhecimento é realizado sob diversas formas, tanto em salas de
aulas, como fora delas, com uso freqüente das tecnologias da informação. Assim
o domínio do instrutor, é além do domínio de softwares como power point, mas
também de um ambiente
virtual de aprendizagem, o chamado AVA.
O
instrutor precisa dominar
técnicas de ensino e didáticas tanto tradicionais e presenciais,
como modernas e
virtuais. Deve ser ainda ser uma pessoa com profunda
experiência e boa formação, munido de um senso
criativo, pesquisador e obstinado na busca incansável pela melhoria contínua do ensino e do seu
desempenho.
Imagem ufpi.br
Ainda
que a educação
corporativa não necessariamente necessite de um prédio, pois,
parte-se do princípio de que o conhecimento tenha e possa de ser obtido em
qualquer lugar e tempo, inclusive, pelo próprio educando, uma sala de
treinamento adequada é recomendada, o que não impede que seja locada apenas
eventualmente, pois, em paralelo permanecem também algumas das metodologias
tradicionais, que agora são inovadas, mas não totalmente extintas. Por exemplo,
dependendo do conteúdo e dos educandos, alguns temas tendem a ser mais
recomendados para uma aula presencial como por exemplo, treinamentos
comportamentais que envolvam dinâmicas de grupos.
Na
educação corporativa
oconhecimento é sempre
o alvo e também pode se dar via TV corporativa, revistas,
biblioteca e videoteca, podendo, inclusive, ser virtuais.
O
conteúdo dos programas
é pautado nas competências
essenciais para o negócio e não mais apenas para o desempenho
dos cargos e a didática privilegia um aprender interagindo e não apenas o
aprender ouvindo, ou seja, na educação
corporativa o educando é sujeito da sua própria educação
contando com o apoio do instrutor.
O
processo de aprendizagem
dos educandos é contínuo a partir de matrizes de desenvolvimento de
competências, planejadamente feitas de acordo com o negócio
e constantemente revisadas
e busca uma educação
integral e duradoura do educando.
A
abrangência da
educação corporativa tende a ultrapassar os limites da empresa, sendo
estendida também àcomunidade,
clientes e fornecedores, no qual estes dois últimos passam a
ser vistos como parceiros vitais do negócio.
No
entanto, para o seu
sucesso é imprescindível que a educação corporativa conte um comprometimento da alta direção da
empresa e das demais lideranças,
pois, sua atuação é
global, devendo assim, antes da implantação desta política um
sensível e intenso programa
de conscientização de todos e de que seus projetos levem em consideração à cultura
organizacional da empresa também, de modo a se adequar à ela.