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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Escolha da Profissão e o Teste Vocacional

A decisão por qual profissão seguir é um dilema que atinge uma boa parte dos jovens e adolescentes, principalmente estudantes, que tenham um pensamento voltado ao seu futuro profissional.

Esta idéia deve ser pensada desde de cedo, pois como uma prévia reflexão, maior será o tempo de análise e menor são os riscos de optar-se por uma profissão inadequada aos nossos desejos, porém, refletir e não escolher tão cedo, a decisão se dará com o tempo de longa reflexão e pesquisa das profissões.
Assim, cabe além de professores como eu, também aos pais desde cedo irem motivando seus filhos a refletirem no futuro, não existe uma idade certa ou errada, isto depende do momento de maturidade vivida por cada pessoa.

Motivar a pensar, não significa impor, não é simplesmente por que o pai é um ótimo médico, que o filho tenderá a ser, o que vale é a vocação de cada pessoa que deve estar adequada à sua personalidade.
A influência dos pais sobre a decisão futura da profissão dos filhos, se feita com carinho, democracia, respeito e bom senso, pode até ser benéfica, na medida em que são elas pessoas profissionalmente mais maduras e que mais conhecem aos seus próprios filhos.

No entanto, quando se pensa em uma profissão, precisa-se primeiramente conhecê-la, assim, cabe ao interessado pesquisar o que faz esta profissão verificando informações da mesma na internet, vídeos e se possível com profissionais desta área.
Deve-se ainda se autoconhecer bem, para saber se sua personalidade se adequa à profissão pesquisada, por exemplo, embora possível mediante um forte treinamento, uma pessoa tímida em excesso tende a não ser uma boa vendedora. Da mesma forma alguém comunicativo e goste de lidar com o público tende a não se dar bem nos escritórios, pois, dependendo da área se sentirá preso num ambiente que por ele tende a ser visto como monótono.
Por diversas vezes nem nós mesmo nos conhecemos na nossa plenitude, temos, os chamados potenciais, em alguns casos latentes dentro de nós, mas que são percebidos por outras pessoas, por isto, aceitar dicas de amigos e parentes que o percebem também é uma alternativa para permitir que este potencial se movimente.
Particularmente comigo foi assim na carreira de Professor, eu sempre tive plena vocação
Imagem Juliano Correa da Silva
para administrador, sempre gostei muito de planejar, organizar, controlar e dirigir situações e problemas e sempre lidei muito bem com tarefas administrativas que exigiam alta leitura e pesquisa, como Departamento Pessoal, por exemplo. Com tempo acabei ainda conciliando isto com os demais subsistemas de RH, potencial, este que eu já tinha e percebia, pois, havia uma ligação entre minhas profissões, mas jamais sonhava em ser professor.
Porém, com o passar do tempo, ingressei motivado pela universidade da qual era aluno em um trabalho voluntário e optei por aproveitar o meu conhecimento fruto da minha experiência e principalmente profunda leitura e pesquisa para dar aulas de Departamento Pessoal.
Eu até imaginava que daria uma aula normal, mas foi bem melhor que isto, mas jamais havia sonhado antes que teria um potencial paralelo ao meu já existente de administrador, a ponto de fascinar-me pela área docente e dali para frente sempre tocar as duas profissões em sintonia.

Outro item a considerar é o dilema entre a satisfação pessoal como uma profissão e a satisfação pessoal com o salário dela, o ideal é que consiga-se optar por uma profissão que tenha um ponto de equilíbrio destas duas variáveis, ou seja, que satisfaça à pessoa tanto no salário como na profissão. Não é uma tarefa fácil, mas a partir de uma pesquisa bem refletida e realizada, é sim possível ao menos tentar com uma boa chance de sucesso esta busca.
Assim você deve pesquisar as profissões nos sites de cursos de universidades e escolas ou também no site do Ministério do Trabalho e Emprego, a partir das descrições do CBO = Classificação Brasileira de Ocupações (http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf).

Deve-se observar ainda as profissões que possuem mercado promissor ou saturado, para que isto seja pesado na hora da escolha, mas não seja o único determinante da sua decisão.
Somado a estas questões existe uma ferramenta chamada de Teste Vocacional que permite que o participante faça uma autopesquisa de si descobrindo indicativos do seu perfil de personalidade e de potencialidade para uma possível profissão futura.

Neste meio tempo enquanto se decide sobre a futura profissão, realizar cursos de inglês e de aperfeiçoamento do português são sempre úteis para a imensa maioria das profissões. O domínio da informática, principalmente de Windows, Word e Excel, é obrigatório para a maioria das profissões, portanto, aprender a mesma é importantíssimo. Isto além de facilitar sua futura colocação no mercado de trabalho, permite que você ganhe tempo e no futuro use o tempo que terias para as mesmas para atualizações profissionais e farás apenas reciclagens destes conhecimentos.
Algumas perguntas chaves, inclusas entre outras em testes vocacionais, que você deve refletir inevitavelmente são:

- Quais as matérias da escola que eu mais gosto e quais eu menos gosto? Reflita sobre qual profissão tenha haver com estas matérias, por exemplo, quem gosta de matemática, tende a se dar bem com profissões que envolvam números e raciocínios, como engenharia, informática, etc. Quem gosta de matérias que exijam muita leitura, tende a ser um bom professor, advogado, etc. Quem gosta de química, pode ser um bom farmacêutico. Quem gosta de escrever pode ser um bom jornalista.
- Quais esportes que eu mais gosto? Se o esporte for radical envolvendo mais aventuras, você tende a gostar das áreas de turismo, educação física, aviação, etc.

- Eu prefiro assistir um filme sozinho ou em grupo? Pessoas que tendem a assistir um filme sozinhas, podem ser mais adequadas a ambientes fechados e concentrados como escritórios. Se preferir assistir em grupo tende a gostar de maior interação, podendo se adequar mais em áreas que envolvam o público como vendas, relações públicas, etc.
- Do que você tem medo? Por exemplo, se teme altura, talvez não serás um bom engenheiro civil de obras, se tem trauma de sangue ou hospitais, não tendes a ser um bom médico ou enfermeiro.

- Como você se sente tendo de trabalhar aos fins de semana ou horários noturnos? Se considerar insuportável, não tendes a se adequar a ser um médico, enfermeiro, vigilante, etc
Existem ainda diversas escolas e universidades que oferecem gratuitamente uma orientação vocacional com psicólogas, você pode verificar isto no site das mesmas, outras permitem visitas para conhecerem os cursos, uma boa idéia e conversar com a coordenação dos mesmos.

Sugiro ainda que você tenha um plano B, um segundo plano, ou seja, opte pela profissão que mais lhe atrai, mas tenha uma segunda opção caso mesmo com toda esta reflexão precisa mudar. Portanto, nestas pesquisas e reflexões sugeridas leve isto em consideração.
Você pode ainda optar por um curso técnico antes de realizar uma faculdade caso ainda não tenha total certeza da sua escolha, por exemplo, se sua meta é ser médico ou enfermeiro, por exemplo, nada impede que realize primeiro um curso técnico de enfermagem, que além de mais curto, lhe permitirá um maior envolvimento prévio com a futura escolha.

Por fim, tão logo seja possível, busque ingressar na área escolhida para começar sua experiência, podendo isto se dar através de um estágio, trabalho voluntário ou trabalho com parentes e amigos, deves tentar também em paralelo oportunidades de emprego fixo, para tudo isto, você mesmo sem experiência precisa elaborar um bom currículo.
Embora contrariando opiniões de alguns outros consultores e professores, não recomendo que se seja um empreendedor de imediato, pois, obter experiência e formação tendem a lhe garantir maiores chances de sucesso num negócio próprio. Somado a isto, mesmo profissionais experientes e formados nem sempre tem perfil empreendedor, para isto também se precisa realizar uma orientação vocacional.

Sugiro que o nobre leitor complemente esta leitura lendo outras postagens deste blog sobre como Como Fazer um Bom Currículo, Como Vencer o desafio do Primeiro Emprego e Dicas de Entrevistas de Seleção Partes 1 e 2 que são muito úteis e ligadas a este assunto.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Orientação Vocacional e seus Paradigmas

Esta postagem objetiva trazer uma reflexão na busca pela quebra de um paradigma de que este tema se aplica apenas aos jovens e adolescentes que ainda não se decidiram quanto a sua futura profissão.
Muito embora seja este público o maior envolvido com o tema, isto não significa que pessoas de outras faixas etárias, inclusive, diversos profissionais não necessitam entender deste. Quando era gestor de RH, ao realizar consultoria interna, diversas vezes lidava com profissionais na empresa de diversas idades e cargos frustrados, muitas vezes até pensando em trocar de área.
Noutras situações em minha vida acadêmica como professor lidei com casos de diversos alunos desmotivados com o atual emprego, mas que não sabiam ao certo para que área migrarem e alcançarem a satisfação profissional. Estes exemplos citados demonstram que este tema precisa quebrar o paradigma atual, e que pessoas de diferentes idades e profissões, se refletirem neste, podem com certeza reconduzir com sucesso e satisfação às suas carreiras.
Mesmo os mais experientes profissionais de RH, pedagogos e psicólogos, precisam ter uma plena ciência da importância da orientação vocacional para através dela ajudarem aos seus clientes de como conduzirem as suas carreiras.

Uma parte da frustração profissional decorre da falta de opções de emprego num mercado tão
Imagem Juliano Correa da Silva
acirrado, fato este que muitas vezes leva alguns profissionais a trabalharem numa área que não gostam, mas noutros casos decorrem também da falta de participação de uma orientação vocacional antes do começo da carreira. Quem nunca ouviu falar de algum caso de que uma pessoa cursou uma faculdade e depois mudou de profissão por não gostar da área em que se formou, ou de outros tantos casos de alunos que fazem um certo curso de faculdade e trocam no meio do mesmo para outro,  havendo, inclusive, casos extremos de trocas de cursos pouco antes das últimas disciplinas para a formatura, ou seja, há um ano ou menos do final de um curso superior de 4 ou 5 anos.
No que se refere ao profissional de RH, o domínio de técnicas de orientação vocacional, tende a ser útil em reestruturações organizacionais de empresas, onde haja espaço para adequar internamente o profissional certo no cargo certo. Isto pode se dar através de um planejada política de promoções e transferências de cargos, assim, como também, por um bem articulado programa de recrutamento interno. Nestas técnicas tanto o profissional de RH como o cliente, no caso, o colaborador, precisam ter uma conscientização sobre a importância da orientação vocacional.
Vamos então à algumas dicas básicas:
- Reflita sobre que área de estudo você mais gosta e qual a que menos gosta;
- Pessoas que gostam de números e lidar com constante raciocínio lógico, tendem, por exemplo, a terem sucesso nas áreas de engenharia, matemática,  informática, contabilidade, etc;
- Quem gosta de falar em público, tende a se dar bem nas áreas comercial, marketing, relações públicas, recepção, etc;
- Pessoas que gostem de refletir, ler e pesquisar, tendem a se dar bem como advogados, professores, pesquisadores, profissionais de departamento pessoal, etc;
- Pessoas com espírito de aventuras tendem a se dar bem como empreendedores, bombeiros, motoristas de viagens, turismólogos, etc.
Na realidade estas dicas apresentam apenas tendências, pois, existem casos de pessoas que mesmo sem a total afinidade carismática com certo tema, conseguem lidar bem ele, aprendê-lo e dominá-lo, ainda que sem total paixão, mas mesmo tendo ao menos a parte dela necessária para o exercício da profissão.
Eu como você leitor, com certeza já ouvimos alguém dizer que não gosta de trabalhar no comércio como vendedor, por exemplo, mas por uma necessidade particular atua nesta área há muito tempo com sucesso, alcança as metas propostas pela sua loja e tem um bom trato com a clientela.
Na realidade a orientação vocacional é um processo que nos permite um autoconhecimento de nossas tendências às aptidões profissionais, que nos permite uma maior chance de acerto e de satisfação na futura profissão ou para a troca da atual.
No entanto, isto por si só não é garantia de felicidade profissional plena, existem, por exemplo, professores com paixão pela docência e a fazem com extrema dedicação, mas por outro lado, mesmo sem deixar isto repercutir negativamente na sala de aula, fora dela por vezes, estão tristes com a desvalorização pública desta profissão tão digna e importante.
Você pode por outro lado estar verdadeiramente contente com um salário muito bom e ótimas condições de trabalho, mas insatisfeito com as tarefas que executa, ainda que as faças bem.
Neste item o que precisasse é tentar-se encontrar um ponto de equilíbrio entre a satisfação e a necessidade e em cima dele trabalhar. Dentre os maiores desafios dos profissionais de RH estão estes, encontrar e conscientizar um ponto de equilíbrio para a diversidade de colaboradores da empresa tentando buscar um meio de motivá-los, seja no cargo atual, seja em cargos futuros. No entanto, a orientação vocacional é ferramenta chave nisto.