Esta postagem é fruto de uma
entrevista em que participei como entrevistado sobre a teoria da compensação,
assim, sendo adaptei a mesma na forma de texto para ser mais um material de
pesquisas para os leitores deste blog.
A Teoria da Compensação é uma
forma de pensamento que busca compreender e ensinar como o homem lida com a
compensação decorrente do seu trabalho e as implicações desta compensação na
sua motivação para um bom desempenho no trabalho. Particularmente vejo a Teoria
da Compensação como um sinônimo da Teoria da Equidade, que é umas várias
teorias sobre a motivação humana, que enfatiza a necessidade de se ter um
equilíbrio entre o que a pessoa oferece com sua forma de trabalho à uma empresa
e o que ela recebe por isto da empresa em contrapartida. Assim, segundo esta teoria o trabalhador tende
a comparar o seu esforço e a sua recompensa com as recompensas dos demais
trabalhadores em funções idênticas.
As teorias sobre a motivação
humana são diversas, contudo, a pioneira delas foi a Teoria das Relações
Humanas fruto de uma complexa pesquisa realizada entre o final da década de 20
e começo da década de 30 por Elton Mayo denominada de Experiência de Hawthorne.
Esta experiência foi realizada diretamente dentro de uma fábrica nos Estados
Unidos e em etapas planejadas e analisadas envolvendo observações e entrevistas
diretas com operários, com tabulações críticas dos fatos e dados e
observados. Dos resultados dela nasceu a
Abordagem Humanística da Administração, que até ali era tratada apenas pelas
Abordagens Científicas e Clássicas
propostas por Taylor e Fayol. Da Experiência de Hawthorne, comprovou-se que o
salário isoladamente não motiva o trabalhador e disto diversas outras teorias
foram se aperfeiçoando desta comprovação, como a do psicólogo americano John Stacy Adams, que 1963 desenvolveu
a Teoria da Equidade sobre a motivação no trabalho.
A Teoria da Equidade somente pode ser bem aplicada em empresas com uma estrutura salarial organizada e com políticas de recursos humanos bem planejadas e definidas. Em empresas com plano de cargos e salários, este princípio ocorre indiretamente apenas, pois, como nesta estrutura o foco para o salário é o cargo, existe uma presunção equivocada de todos os ocupantes de um cargo realizam iguais tarefas, o que de fato ocorre no requisito atividade, mas nem sempre ocorre no requisito produtividade. O ideal para que esta teoria realmente tenda a ocorrer, é de que a empresa possua um sistema de remuneração por competências, onde o foco não é mais o cargo, mas sim as competências do trabalhador e o seu desempenho no uso delas.
Em paralelo a empresa ainda precisa possuir um sistema de avaliação de desempenho por competências. No geral a empresa acaba por adotar estrategicamente outras ações por competências de RH, como por exemplo, seleção por competências, capacitação e desenvolvimento por competências, etc, ficando assim, com uma estrutura completa de gestão por competências. No entanto, embora indiscutivelmente benéfica e inovadora a gestão por competências, no Brasil, existe uma grande parte de empresas que não a usam, principalmente por questões tradicionais ou falta de uma estrutura de RH organizada, fato este infelizmente muito comum, embora ultimamente estejamos observando avanços positivos.
A Teoria da Equidade somente pode ser bem aplicada em empresas com uma estrutura salarial organizada e com políticas de recursos humanos bem planejadas e definidas. Em empresas com plano de cargos e salários, este princípio ocorre indiretamente apenas, pois, como nesta estrutura o foco para o salário é o cargo, existe uma presunção equivocada de todos os ocupantes de um cargo realizam iguais tarefas, o que de fato ocorre no requisito atividade, mas nem sempre ocorre no requisito produtividade. O ideal para que esta teoria realmente tenda a ocorrer, é de que a empresa possua um sistema de remuneração por competências, onde o foco não é mais o cargo, mas sim as competências do trabalhador e o seu desempenho no uso delas.
Em paralelo a empresa ainda precisa possuir um sistema de avaliação de desempenho por competências. No geral a empresa acaba por adotar estrategicamente outras ações por competências de RH, como por exemplo, seleção por competências, capacitação e desenvolvimento por competências, etc, ficando assim, com uma estrutura completa de gestão por competências. No entanto, embora indiscutivelmente benéfica e inovadora a gestão por competências, no Brasil, existe uma grande parte de empresas que não a usam, principalmente por questões tradicionais ou falta de uma estrutura de RH organizada, fato este infelizmente muito comum, embora ultimamente estejamos observando avanços positivos.
Não é possível dividir a teoria
da compensação em salários e motivação, pois, a Teoria da
Equidade trabalha com
a relação direta entre ambos, logo, nesta teoria isto é indivisível. No
entanto, é totalmente desaconselhável quando se vai planejar ou agir
estrategicamente em questões de motivação dos trabalhadores observar-se apenas
uma teoria. A própria Teoria da Equidade se vista isoladamente não gera
motivação, por exemplo, e se em uma empresa ela for plenamente observada
existindo um real equilíbrio salarial e de desempenho, e deixar-se de lado
outras teorias motivacionais, como por exemplo, a Teoria de Maslow ignorando as
necessidades humanas ou a Teoria de Herzberg e seus fatores de satisfação e
insatisfação. Da mesma forma a Teoria de Hackmann e Oldham, quanto ao
enriquecimento dos cargos não poderia ser ignorada e nem a Teoria da
Expectância de Vroom quanto às expectativas dos trabalhadores. Outra teoria
também importante é a de Locke de que as pessoas criam seus objetivos e são
movidas por decisões que favoreçam o alcance destes.
Imagem paty29.blogspot.com.br |
Além disto, a percepção humana
tende a ser diferente, existem individualidades, assim, nem todos os
trabalhadores sempre terão a mesma idéia de um equilíbrio, isto não anula a
Teoria da Compensação, mas demonstra de que ela não deva ser trabalhada
isoladamente de outras teorias motivacionais.
No ambiente empresarial, gera-se
a discussão sobre o que vale mais: a motivação ou o salário, mas em relação à
empresa, o salário tem um custo direto e visível, o que por muitas vezes faz
com que empresas menos estruturadas lhe dêem um peso maior, principalmente, no
aspecto negativo, buscam pagar o mínimo que podem e não o máximo. Empresas com
esta filosofia pesam menos a motivação, ainda que tenham que arcar com este
custo indiretamente com desmotivação, baixa produtividade, rotatividade,
absenteísmo, etc. Do lado do trabalhador a questão não é pacífica, muitos
criticam as empresas, mas agem como algumas delas, dando um peso maior salário
em desconsideração a motivação, quem nunca ouviu alguém dizer que odeia o seu
emprego atual, mas nem pensa em sair de lá, porque é bem pago?. Digo não é
pacífico, pois, existem trabalhadores que levem como prioridade a motivação em
contrapartida do salário, também já me deparei com pessoas que nem cogitam sair
de uma empresa, mesmo que para ganhar mais, porque são respeitadas e tem um bom
ambiente de trabalho. Em minha opinião nem o salário, nem a motivação valem
mais um que o outro, o que entendo, é que ambos devam existir numa relação de
equilíbrio.
A Teoria da Compensação para ser
usada de modo eficaz numa empresa precisa se aplicada levando em consideração
outras teorias da motivação humana (Maslow, Herzberg, Hackmann e Oldham, Locke,
Vroom, etc) e contando uma Gestão por Competências na empresa,
preferencialmente, pois, muitas organizações estão longe dela, no entanto, é
imprescindível ao menos ter planejado uma futura implantação. Outro fator
importante que não abordamos nas questões anteriores, é de que haja um vital
apoio da alta direção da empresa para estas ações e que seja levado em conta
nos trabalhos a cultura organizacional da empresa e formas de lidar
positivamente com ela.
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