A ferramenta de gestão conhecida
como 5 Porquês na literatura, ou 5 Por ques na gramática portuguesa, é uma técnica simples, rápida, de fácil entendimento e
aplicação que permite a análise e a identificação da causa raiz, ou seja, a
causa real que dá origem à um certo problema.
É uma ferramenta muito usada na
área da Qualidade, tendo sido criada pelo fundador da Indústria Automobilística
Toyota, o japonês Sakichi Toyoda, para uso no Sistema Toyota de Produção,
favorecendo o aumento da produtividade e da eficiência, e a eliminação do
desperdício na manufatura desta fábrica japonesa. Porém, o método dos 5 Porquês é também é aplicado com muita eficiência em qualquer área de gestão ou
produção, sendo, bastante usado como Ferramenta para Investigação de Acidentes
do Trabalho na área de Segurança e Saúde do Trabalho.
Assim, se trata de um método de
análise da causa raiz de um problema a partir de 5 perguntas feitas respondendo
os seus 5 respectivos Por ques, ou seja, a cada pergunta realizada e resposta
encontrada, se faz novamente outra pergunta do Por que da respectiva resposta,
sendo, normalmente na 5ª pergunta do Por que se encontra a causa principal que
gera o problema analisado.
Embora, normalmente se use as 5
perguntas com seus cinco respectivos Por ques, nada impede que se usem menos
perguntas e assim, menos Por ques, caso a resposta seja encontrada antes, o que
de fato ocorre em diversas situações.
O uso da ferramenta dos 5 Porquês consiste inicialmente na apresentação de um determinado problema a ser
resolvido, preferencialmente a um grupo de pessoas envolvidas com o problema,
pois, aumentará as ideias, seguido da primeira pergunta que será a de Porquê
ocorreu o problema?
A seguir, vai se perguntando
novamente o Porquê de cada resposta achada, até o 5º Por que, onde normalmente
se chega à resposta da causa raiz do problema, porém, há situações em se acha
tal causa antes ou depois do 5º Porquê, o não prejudica o uso desta técnica,
pois, ela é flexível.
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Para deixar o uso desta técnica
dos 5 Por ques, mais clara, apresento a seguir um exemplo de seu uso para
Investigar um Acidente do Trabalho ocorrido em uma empresa, assim, o Problema neste caso será a Ocorrência de um
Acidente do Trabalho de Queda de Trabalho em Altura, o qual será a seguir
analisado com uso do método dos 5 Por ques:
1º POR QUE com a 1ª Pergunta: Por que o trabalhador se acidentou?
Porque o trabalhador caiu do andaime onde estava trabalhando em altura.
2º POR QUE com a 2ª Pergunta: Por que o trabalhador caíu do andaime
onde estava trabalhando em altura? Porque o trabalhador não estava usando o
cinto de segurança para trabalhos em altura como EPI – Equipamento de Proteção
Individual.
3º POR QUE com a 3ª Pergunta: Por que o trabalhador não estava usando o
cinto de segurança para trabalhos em altura como EPI? Porque o trabalhador
optou por não usar o cinto de segurança para trabalhos em altura como EPI.
4º POR QUE com a 4ª Pergunta: Por que o trabalhador optou por não usar o
cinto de segurança para trabalhos em altura como EPI? Porque o trabalhador
descumpriu uma norma da empresa que lhe obriga a usar o cinto de segurança para
trabalhos em altura como EPI – Equipamento Individual de Proteção.
5º POR QUE com a 5ª Pergunta: Por que o trabalhador descumpriu uma
norma da empresa que lhe obriga a usar o cinto de segurança para trabalhos em
altura como EPI? Porque faltou fiscalização da sua chefia para evitar a
indisciplina do trabalhador no uso do cinto de segurança como EPI para trabalhos
em altura.
Portanto, em relação ao Problema: Ocorrência de um Acidente do
Trabalho de Queda de Trabalho em Altura, chegamos à conclusão de que sua causa raiz, ou seja, a sua causa
origem, foi da falta de fiscalização da
chefia, que neste caso representa a empresa, para fiscalizar o uso efetivo
do cinto de segurança como EPI para trabalhos em altura pelo trabalhador
acidentado.
Uma vez, que encontrada a causa
raiz, agora deve-se propor a Solução
para a eliminação desta causa a partir de medidas corretivas que evitem a sua repetição, para achar esta
soluções, pode-se utilizar outras ferramentas de gestão voltadas à solução como
o Brainstorming por exemplo. Ou então tomar-se decisões administrativas sobre a
causa raiz descoberta a fim de corrigi-la definitivamente.
Por exemplo, treinamento da
chefia para fiscalização do uso de EPIs, auxílio à chefia na fiscalização do
uso de EPIs, instalação de câmeras de monitoramento do uso de EPIs, demissão de
chefias relapsas na fiscalização do uso de EPI, etc.