Muitas vezes em nossa vida
profissional presenciamos diversos casos de profissionais que possuem um
profundo conhecimento técnico, mas que ainda assim, progridem na carreira bem menos
do que outros profissionais com um conhecimento técnico menos profundo que o
deles, em vários casos, inclusive, dentro de uma mesma empresa.
Não raras vezes, presenciamos
bons profissionais sendo demitidos ou mesmo pedindo demissão de empresas por
situações de conflito ao passo que outros profissionais expostos a condições
semelhantes, inclusive, na mesma empresa permanecem.
Presenciamos situações de pessoas
que vivem na maioria das empresas em que trabalham uma situação de inferno
ambiental, ao passo, que outras vivem numa situação de céu ambiental, muitas
vezes na mesma empresa.
Por que será que existem pessoas
com um alto índice de rotatividade em empregos anteriores, enquanto outras tem
um alto índice de estabilidade profissional.
A solução para estas questões é
desenvolver em si próprio uma competência chave, a competência chamada de
inteligência emocional, que muito embora, não seja sempre em sua falta a única
culpada para os casos dos fracassos acima citados, é com certeza a maior
promissora para os casos de sucesso que eu relatei antes.
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A relação intrapessoal
pressupõe ainda nos darmos bem com nós mesmos, ou seja, termos uma autoestima
adequada, pois, se nem nós gostarmos de nós mesmos quem gostará? Como faremos o
outro feliz, se somos infelizes? Como ajudaremos as pessoas a melhorar se não
ajudamos a nós mesmos?
Uma boa relação interpessoal
também é necessária, para isto devemos conhecer ao outro, entender como as
outras pessoas pensam, como e porque agem assim, o que lhes agradam e o que
lhes desagradam, enfim, para desenvolvermos esta relação, precisamos ter a
empatia sempre presente em nossas vidas, ou seja, sempre nos colocarmos no
lugar do outro, pois, isto tende a nos permitir entender como eles se sentem, o
que pensam e por quê, além de observarmos e refletirmos sobre os seus
comportamentos e percepções. Além disto,
isto tende a nos tornar pessoas mais justas, menos conflituosas e a permitir
com venhamos a trabalhar melhor em equipe.
A inteligência emocional é um
tipo de inteligência que nos permite agir controlando nossas emoções e até
mesmo as emoções dos outros a partir do bom desempenho de nossas relações
intrapessoais e interpessoais. Ela nos permite sempre pensarmos antes de
agirmos.
Quando você se autoconhece e
conhece ao outro, sabe de antemão o melhor momento e forma para falar algo, e
da mesma forma quando é melhor ficar quieto ou esperar para falar depois,
evitando a situação de conflito.
Quando possuímos inteligência
emocional, sabemos prevenir os conflitos e mesmo naqueles inevitáveis sabemos
como melhor lidar com os mesmos. Ter inteligência emocional é buscar jamais
responder algo na emoção, é sempre controlar a mesma, ainda que por acaso
venhamos a precisar de um tempo para nos acalmar, é onde se aplica o velho
ditado “deixar a poeira baixar”, pois, junto com o problema, as emoções, tanto
nossas como da outra parte baixam. É um exercício de paciência, reflexão e
vigilância constante das nossas emoções de modo a estarmos sempre atentos a
como e quando agirmos.
A inteligência emocional permite
com que tenhamos uma percepção mais clara da realidade, pois, ela controla as
nossas emoções como barreiras de comunicação, permitindo com que tenhamos
respostas mais adequadas para cada situação, além de nos ajudar a termos menos
conflitos em nossas relações. Ela nos permite trabalhar em equipe, lidar bem
com diferentes tipos de pessoas, chefias, pares, subordinados, empresas, clientes e situações,
tanto na vida empresarial, como na vida pessoal, inclusive, no ambiente social
e familiar. Enfim, ela faz com que a razão sempre prevaleça sobre a emoção.
A inteligência emocional se trata
de uma das competências mais complexas de serem desenvolvidas, e requer
principalmente predisposição nossa a mudar compreendendo nossas falhas e
aprimorando nossas qualidades. É uma competência que precisa ser continuamente
melhorada, pois, sempre estamos aprendendo e evoluindo, dentro de um mundo cada
vez mais exigente.
Ter inteligência emocional ainda
requer saber dar e receber feedbacks, ou seja, de falar e ouvir com
transparência, saber apresentar críticas de modo indireto, educado e com bom
senso, e recebê-las de forma adequada, ainda que não sigam esta mesma premissa em certos casos.
E como toda a competência, a
inteligência emocional precisa ser mobilizada, isto é posta em prática,
portanto, de nada adianta termos uma competência se não fizermos uso dela, ou
mesmo não sabermos como usá-la. Assim, o caminho é sempre praticá-la,
prevenindo situações de conflito e administrando as situações em que seja
inevitável que ele ocorra.
Por a inteligência emocional em
prática, é sempre agir com paciência, empatia e bom senso, controlando sempre
nossas emoções e até a dos outros, outra recompensa que teremos além de uma
vida menos conflituosa, é de que tendemos a ter avanços em nossa carreira
profissional, podendo até ocupar postos de liderança, pois, esta competência é
indispensável nestas posições.