Esta postagem objetiva trazer uma
reflexão na busca pela quebra de um
paradigma de que este tema se aplica
apenas aos jovens e adolescentes que ainda não se decidiram quanto a sua
futura profissão.
Muito embora seja este público o
maior envolvido com o tema, isto não significa que pessoas de outras faixas
etárias, inclusive, diversos profissionais não necessitam entender deste.
Quando era gestor de RH, ao realizar consultoria interna, diversas vezes lidava
com profissionais na empresa de diversas idades e cargos frustrados, muitas
vezes até pensando em trocar de área.
Noutras situações em minha vida
acadêmica como professor lidei com casos de diversos alunos desmotivados com o
atual emprego, mas que não sabiam ao certo para que área migrarem e alcançarem
a satisfação profissional. Estes exemplos citados demonstram
que este tema precisa quebrar o paradigma atual, e que pessoas de diferentes
idades e profissões, se refletirem neste, podem com certeza reconduzir com
sucesso e satisfação às suas carreiras.
Mesmo os mais experientes
profissionais de RH, pedagogos e psicólogos, precisam ter uma plena ciência da importância da orientação vocacional
para através dela ajudarem aos seus clientes de como conduzirem as suas
carreiras.
Uma parte da frustração profissional decorre da falta de opções de emprego num
mercado tão
acirrado, fato este que muitas vezes leva alguns profissionais a
trabalharem numa área que não gostam, mas noutros casos decorrem também da falta de participação de uma orientação
vocacional antes do começo da carreira. Quem nunca ouviu falar de algum
caso de que uma pessoa cursou uma faculdade e depois mudou de profissão por não
gostar da área em que se formou, ou de outros tantos casos de alunos que fazem
um certo curso de faculdade e trocam no meio do mesmo para outro, havendo, inclusive, casos extremos de trocas
de cursos pouco antes das últimas disciplinas para a formatura, ou seja, há um
ano ou menos do final de um curso superior de 4 ou 5 anos.
Imagem Juliano Correa da Silva |
No que se refere ao profissional
de RH, o domínio de técnicas de
orientação vocacional, tende a ser útil em reestruturações organizacionais de empresas, onde haja espaço para
adequar internamente o profissional certo no cargo certo. Isto pode se dar
através de um planejada política de
promoções e transferências de cargos, assim, como também, por um bem
articulado programa de recrutamento
interno. Nestas técnicas tanto o
profissional de RH como o cliente, no caso, o colaborador, precisam ter uma
conscientização sobre a importância da orientação vocacional.
Vamos então à algumas dicas básicas:
- Reflita sobre que área de
estudo você mais gosta e qual a que menos gosta;
- Pessoas que gostam de números e lidar com constante raciocínio lógico, tendem, por exemplo,
a terem sucesso nas áreas de engenharia,
matemática, informática, contabilidade,
etc;
- Quem gosta de falar em público, tende a se dar bem
nas áreas comercial, marketing, relações
públicas, recepção, etc;
- Pessoas que gostem de refletir, ler e pesquisar, tendem a se dar bem como advogados, professores, pesquisadores, profissionais de departamento pessoal, etc;
- Pessoas com espírito de aventuras tendem a se dar
bem como empreendedores, bombeiros, motoristas de viagens, turismólogos, etc.
Na realidade estas dicas apresentam apenas tendências, pois, existem casos de
pessoas que mesmo sem a total afinidade carismática com certo tema, conseguem
lidar bem ele, aprendê-lo e dominá-lo, ainda que sem total paixão, mas mesmo
tendo ao menos a parte dela necessária para o exercício da profissão.
Eu como você leitor, com certeza
já ouvimos alguém dizer que não gosta de trabalhar no comércio como vendedor,
por exemplo, mas por uma necessidade particular atua nesta área há muito tempo
com sucesso, alcança as metas propostas pela sua loja e tem um bom trato com a
clientela.
Na realidade a orientação
vocacional é um processo que nos permite um autoconhecimento de nossas
tendências às aptidões profissionais, que nos permite uma maior chance de
acerto e de satisfação na futura profissão ou para a troca da atual.
No entanto, isto por si só não é
garantia de felicidade profissional plena, existem, por exemplo, professores
com paixão pela docência e a fazem com extrema dedicação, mas por outro lado,
mesmo sem deixar isto repercutir negativamente na sala de aula, fora dela por
vezes, estão tristes com a desvalorização pública desta profissão tão digna e
importante.
Você pode por outro lado estar
verdadeiramente contente com um salário muito bom e ótimas condições de
trabalho, mas insatisfeito com as tarefas que executa, ainda que as faças bem.
Neste item o que precisasse é
tentar-se encontrar um ponto de
equilíbrio entre a satisfação e a
necessidade e em cima dele trabalhar. Dentre os maiores desafios dos
profissionais de RH estão estes, encontrar e conscientizar um ponto de
equilíbrio para a diversidade de colaboradores da empresa tentando buscar um
meio de motivá-los, seja no cargo atual, seja em cargos futuros. No entanto, a orientação vocacional é ferramenta chave
nisto.
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