A
decisão por qual profissão seguir é um dilema
que atinge uma boa parte dos jovens e adolescentes, principalmente estudantes, que tenham um pensamento
voltado ao seu futuro profissional.
Esta
idéia deve ser pensada desde de cedo, pois como uma prévia reflexão, maior será o tempo de análise e menor são
os riscos de optar-se por uma profissão inadequada aos nossos desejos,
porém, refletir e não escolher tão cedo, a decisão se dará com o tempo de longa
reflexão e pesquisa das profissões.
Assim,
cabe além de professores como eu, também aos pais desde cedo irem motivando
seus filhos a refletirem no futuro, não
existe uma idade certa ou errada, isto depende
do momento de maturidade vivida por cada pessoa.
Motivar
a pensar, não significa impor, não é simplesmente por que o pai é um ótimo médico,
que o filho tenderá a ser, o que vale é a
vocação de cada pessoa que deve estar adequada
à sua personalidade.
A
influência dos pais sobre a decisão
futura da profissão dos filhos, se feita com carinho, democracia, respeito e
bom senso, pode até ser benéfica, na medida em que são elas pessoas
profissionalmente mais maduras e que mais conhecem aos seus próprios filhos.
No
entanto, quando se pensa em uma
profissão, precisa-se primeiramente conhecê-la,
assim, cabe ao interessado pesquisar o
que faz esta profissão verificando informações da mesma na internet, vídeos e se possível com profissionais desta área.
Deve-se
ainda se autoconhecer bem, para
saber se sua personalidade se adequa à
profissão pesquisada, por exemplo, embora possível mediante um forte
treinamento, uma pessoa tímida em
excesso tende a não ser uma boa vendedora. Da mesma forma alguém comunicativo e goste de lidar com o público
tende a não se dar bem nos escritórios, pois, dependendo da área se sentirá
preso num ambiente que por ele tende a ser visto como monótono.
Por
diversas vezes nem nós mesmo nos conhecemos na nossa plenitude, temos, os
chamados potenciais, em alguns casos
latentes dentro de nós, mas que são percebidos por outras pessoas, por
isto, aceitar dicas de amigos e parentes
que o percebem também é uma alternativa para permitir que este potencial se
movimente.
Particularmente
comigo foi assim na carreira de Professor, eu sempre tive plena vocação
para
administrador, sempre gostei muito de planejar, organizar, controlar e dirigir
situações e problemas e sempre lidei muito bem com tarefas administrativas que
exigiam alta leitura e pesquisa, como Departamento Pessoal, por exemplo. Com
tempo acabei ainda conciliando isto com os demais subsistemas de RH, potencial,
este que eu já tinha e percebia, pois, havia uma ligação entre minhas
profissões, mas jamais sonhava em ser professor.
Imagem Juliano Correa da Silva |
Porém,
com o passar do tempo, ingressei motivado pela universidade da qual era aluno
em um trabalho voluntário e optei por aproveitar o meu conhecimento fruto da
minha experiência e principalmente profunda leitura e pesquisa para dar aulas
de Departamento Pessoal.
Eu
até imaginava que daria uma aula normal, mas foi bem melhor que isto, mas
jamais havia sonhado antes que teria um potencial paralelo ao meu já existente
de administrador, a ponto de fascinar-me pela área docente e dali para frente
sempre tocar as duas profissões em sintonia.
Outro
item a considerar é o dilema entre a
satisfação pessoal como uma profissão e a satisfação pessoal com o salário dela,
o ideal é que consiga-se optar por uma profissão que tenha um ponto de equilíbrio destas duas
variáveis, ou seja, que satisfaça à pessoa tanto no salário como na profissão.
Não é uma tarefa fácil, mas a partir de uma pesquisa bem refletida e realizada,
é sim possível ao menos tentar com uma boa chance de sucesso esta busca.
Assim
você deve pesquisar as profissões
nos sites de cursos de universidades e
escolas ou também no site do
Ministério do Trabalho e Emprego, a partir das descrições do CBO = Classificação Brasileira de Ocupações (http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf).
Deve-se
observar ainda as profissões que
possuem mercado promissor ou saturado,
para que isto seja pesado na hora da
escolha, mas não seja o único
determinante da sua decisão.
Somado
a estas questões existe uma ferramenta chamada de Teste Vocacional que permite que o participante faça uma autopesquisa de si descobrindo indicativos do
seu perfil de personalidade e de potencialidade para uma possível
profissão futura.
Neste
meio tempo enquanto se decide sobre a futura profissão, realizar cursos de inglês e de aperfeiçoamento
do português são sempre úteis para a imensa maioria das
profissões. O domínio da informática, principalmente
de Windows, Word e Excel, é obrigatório para a maioria das
profissões, portanto, aprender a mesma é importantíssimo. Isto além de
facilitar sua futura colocação no mercado de trabalho, permite que você ganhe
tempo e no futuro use o tempo que terias para as mesmas para atualizações
profissionais e farás apenas reciclagens destes conhecimentos.
Algumas
perguntas chaves, inclusas entre outras em testes vocacionais, que você deve
refletir inevitavelmente são:
- Quais as matérias da
escola que eu mais gosto e quais eu menos gosto? Reflita sobre qual profissão tenha
haver com estas matérias, por exemplo, quem
gosta de matemática, tende a se
dar bem com profissões que envolvam números e raciocínios, como engenharia, informática, etc. Quem
gosta de matérias que exijam muita leitura,
tende a ser um bom professor, advogado,
etc. Quem gosta de química, pode ser
um bom farmacêutico. Quem gosta de escrever pode ser um bom jornalista.
- Quais esportes que eu
mais gosto? Se o esporte for radical envolvendo mais aventuras, você tende a gostar das
áreas de turismo, educação física,
aviação, etc.
- Eu prefiro assistir um
filme sozinho ou em grupo?
Pessoas que tendem a assistir um filme
sozinhas, podem ser mais adequadas a ambientes fechados e concentrados como
escritórios. Se preferir assistir em grupo tende a gostar de maior
interação, podendo se adequar mais em áreas que envolvam o público como vendas, relações públicas, etc.
- Do que você tem medo? Por exemplo, se teme altura, talvez não serás um bom engenheiro civil de obras, se tem
trauma de sangue ou hospitais, não
tendes a ser um bom médico ou enfermeiro.
- Como você se sente
tendo de trabalhar aos fins de semana ou horários noturnos? Se considerar insuportável, não tendes a se adequar a ser um médico, enfermeiro, vigilante, etc
Existem
ainda diversas escolas e universidades
que oferecem gratuitamente uma orientação vocacional com psicólogas, você
pode verificar isto no site das mesmas, outras permitem visitas para conhecerem os cursos, uma boa idéia e conversar com a
coordenação dos mesmos.
Sugiro
ainda que você tenha um plano B, um
segundo plano, ou seja, opte pela
profissão que mais lhe atrai, mas tenha uma segunda opção caso mesmo com
toda esta reflexão precisa mudar. Portanto, nestas pesquisas e reflexões
sugeridas leve isto em consideração.
Você
pode ainda optar por um curso técnico
antes de realizar uma faculdade caso ainda não tenha total certeza da sua escolha,
por exemplo, se sua meta é ser médico ou enfermeiro, por exemplo, nada impede
que realize primeiro um curso técnico de enfermagem, que além de mais curto,
lhe permitirá um maior envolvimento prévio com a futura escolha.
Por
fim, tão logo seja possível, busque ingressar na área escolhida para começar sua experiência, podendo isto se dar
através de um estágio, trabalho
voluntário ou trabalho com parentes e amigos, deves tentar também em
paralelo oportunidades de emprego fixo, para tudo isto, você mesmo sem
experiência precisa elaborar um bom currículo.
Embora
contrariando opiniões de alguns outros consultores e professores, não recomendo
que se seja um empreendedor de imediato,
pois, obter experiência e formação
tendem a lhe garantir maiores chances de
sucesso num negócio próprio. Somado a isto, mesmo profissionais experientes
e formados nem sempre tem perfil empreendedor, para isto também se precisa
realizar uma orientação vocacional.
Sugiro
que o nobre leitor complemente esta
leitura lendo outras postagens deste blog sobre como Como Fazer um Bom Currículo, Como Vencer o desafio do Primeiro Emprego
e Dicas de Entrevistas de Seleção Partes
1 e 2 que são muito úteis e ligadas a este assunto.
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